quarta-feira, 23 de março de 2011

A descoberta



Parte II

Ao sumir do mundo para outros, ela acabou por se encontrar, em pouco tempo aquele olhar triste, deu lugar a um olhar penetrante, mas não frio, porém sem muita chama para coisas do mundo. Chegar ao que verdadeiramente era naquele momento, para outros seria muito difícil, mas ela entendia que naquele momento era mais feliz do que jamais foi.
Estava a caminhar por entre as árvores e com pés descalços, sentia o chão, a terra penetrar sobre seus pés e assim percebia o quanto ainda era pequena, e que muitos ainda teriam, como ela, aprender a encontrar a felicidade escondida. Resolveu parar em uma grande e frondosa árvore, sentou e fechou os olhos, procurou em todos os momentos de sua vida, algo que tivesse trazido para ela um momento como aquele de total encontro com seu interior. E percebeu que somente tinha encontrado a si em uma ocasião, quando avistou o que poderia ser alguém especial em sua caminhada, aquele que fez seu coração pulsar e sua mente voltar-se para dentro, para qualidades e defeitos.
Em tempos ela percebeu que o mundo não se resumia em está fisicamente com alguém, mais que esse alguém pudesse ter um amor tão grande por si que poderia encher o outro com esse mesmo amor. E assim ela morreu para o mundo e renasceu para si, passou a querer ver-se daquele jeito sentada na árvore, a olhar o céu e ver refletida uma imagem de alguém que ama e quer amar, mais que não esquece que é acima de tudo importante primeiramente para si e não para outro, que em primeiro lugar em o amor chamado próprio, aquele que você carrega quando vai dormir e acorda ao olhar no espelho pela manha.
E passou a ser mais alguém na multidão, não mais sozinha, pois sempre estaria acompanhada de alguém muito importante para o mundo: ela mesma.

Continua no próximo post

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