quinta-feira, 7 de julho de 2011

Pensamentos


Nem tudo tem o olhar que você tem, nem tudo caminha da maneira que você acha que deve caminhar, pois em cada momento agimos e pensamos de forma diferente. Não sou a mesma de ontem e nem serei a mesma daqui a dez anos, isso me faz pensar o que fiz e o disse de errado ou certo nesses últimos anos vão fazer ou estão fazendo diferença no que passa em minha vida nesse momento?
Isso é algo a se pensar, principalmente quando estou aqui sentado de frente para o mar, com meu cachorro ao meu lado, tenho trinta anos e ainda acho que não sou ninguém nessa sociedade, parece que tento fugir de mim mesmo há anos. Isabele já me disse isso uma vez; - Ricardo para de achar que você não serve para o mundo, porque um dia ele te fará agir dessa maneira e tudo que pensaste construir vai por água abaixo.
É preciso pensar como Isa e não ver o mundo como algo não pertencente a mim, mas algo que veio de mim. Ai como é difícil, não quero ser o que a sociedade impõe isso é uma verdade nunca fui e nunca serei, mas sendo o que sou, acabo me tornando um nada perante essa sociedade hipócrita. Muito complicado, para alguém que não gosta de complicação. Continuo ali olhando para o mar, que de tão distante ta me fazendo ver por dentro dele, opa! Será que não estou olhando para dentro de mim? E vendo o que muito não querem enxergar em si, ver que seus desamores e suas dores são causas de suas ações?
É depois de velho venho a filosofar, mas somente na boca, porque na prática, continuo sendo um covarde, não olho para mulher que amo, porque fiz ela me ver como melhor amigo, e assim serei para eternidade. Mas não vou ficar chorando miséria, logo que, olho para o mar e me vejo lá, lindo (claro me acho muito lindo, se eu não me achar lindo to perdido), mas precisando sair do marasmo que se tornou minha vida.
Preciso olhar para o futuro como se ele fosse o agora e parar si de sentir pena do que não fiz e do que não aconteceu pronto, preciso criar vergonha e lutar por mim e não pelo que a sociedade quer que eu lute. Hoje vejo o mar como algo que pode ser infinito aos meus olhos, mas que me deu algo que não via a muito uma paz de espírito, um desejo de lutar e prosseguir.
Vou me levantar porque o Jon não agüenta mais ficar parado, ta me olhando como se eu fosse um carrasco, deixando ele ali parado enquanto poderia ta andando vendo os carros ou “batizando” eles. Pego a coleira e sigo com ele pelo calçadão, vendo as pessoas passaram por mim como fantasmas porque naquele momento somente o que eu via era o meu interior, cheio de vida novamente, querendo ser feliz, dessa vez para valer.